Outubro chegara, e a ilha branca acolheu os convidados de braços abertos, ainda que esvoaçassem resquícios de um temporal. Os primeiros sorrisos ofereceram-se ainda a caminho do rendez-vous e à medida que a graciosidade brotava dos montes, mas foi a hospitalidade de quem nos recebeu — Chrys e Helena Chrystello, Carolina Cordeiro e Pedro Paulo Câmara — que entoou a verdadeira alegria de ali estarmos.
Muito cedo nasceram laços cúmplices entre os participantes, com as primeiras palestras a juntarem os mais sedentos de conhecimento. A empatia imediata surpreendeu-me e abriu portas a novas ligações e amizades, nos livros, mas não só: também na lusofonia. Poderiam muito bem chamar-se Colóquios da Amizade Lusófona, que não alterariam o seu valor.
O que se seguiu foi mágico, transportando-nos de convívio em convívio, de saudações a abraços e em espírito de verdadeira partilha. Muito me honrou estar próximo a tanta criatividade e a tantos nomes com os quais cresci a admirar. Somente após regressar da ilha Graciosa apercebi-me do que ali havia sucedido: dedicara-me a uma causa de nobre significado (pelo menos, para mim) e às pessoas que nela acreditam: o respeito pela nossa Língua Portuguesa.

Assim foi o 32.º Colóquio da Lusofonia, com o compromisso de repetir a participação na próxima edição, em Belmonte. Lá estaremos, de coração.