Nas pepitas misteriosas da noite
Danças com um velame de seda;
Alumias o caminho escondido,
Reluzente, de tanto alarido,
Que me arrasta até à labareda,
Até um imenso Sol que nos afoite.
Nas pepitas joviais dos teus olhos,
Vejo o rosto eternamente vidrado.
Aquele que nunca o rumo mudará,
E que desde — e para sempre — ficará,
Para os lados deste lado revirado,
Sem a brisa nos oferecer restolhos.
Nas pepitas nebulosas do escuro,
Vens com mágoa e tristeza eclipsada;
Guias o cio a cada época despida,
Forjas a força!, e a maré fica perdida.
No granjeio, mostras lei fertilizada,
Dás o gérmen ao homem mais maduro.

Nas pepitas tresloucadas do mar,
Onde encontras esse reflectido teu,
Derramas a brancura dessa chama,
Irradias o rubor de quem te ama.
Ao girar, mudas o sentimento meu:
Ora sorrio, ora agora vou chorar…
Sou revolto! Estou indignado, irado!
Oh, tu!, não influis mais no meu sentimento!
E mais não reges esse meu pensamento…
Tomai coragem de ver o que estou a viver,
Olhai p’ra mim e enfrentai o meu sofrer!
Nas pepitas da acalmaria tua,
Trazes luz e energia do arcaico;
Vibras — erma — com alvura retratada.
Sou fiel! Rodo a teu lado, desgraçada!
Porque não decifro eu, esse mosaico?
O labirinto que és tu: estranha Lua!
Muito obrigado ao diário on-line “The Jutta Heitland Daily”, que teve a gentileza de publicar este poema na edição de 30 de Outubro de 2011. Podem rever a ligação aqui: http://paper.li/juttaheitland/2011/10/30 – Thank you so much @juttaheitland!
Nas pepitas de Luz…
Lindissimo!!!!
Beijo.
Obrigado!
Beijos de volta!